De repente o mundo se vai
com sonhos fúteis e mágoas
e no risco incerto no caderno
algum verso vazio de amor.
Nas noites como essa noite
somente uma languidez profunda
estereótipos da minha alma
e alguns predicados e condecorações.
Mas, sem mais eu sigo meu rumo
e a vida é escola útil preferida;
dos sonhos eu fujo dos pesadelos
que se fazem reais quando me consomem.
Já fui feliz e não sabia, àquele dia
que eu vivi entre sorrisos melancólicos
mas, hoje no peito o coração é terremoto
e minhas colunas são Jakin e Bohas.
Já fui magia em outros tempos
mas, hoje à noite é densa, é cemitério
onde guardo-me às tumbas, outras vidas
e as alegorias dos feitiços são inquebrantáveis.
Nos baseados que queimei furtivamente
vi germinar a semente como fosse pedra rara;
hoje reflito e do peito solto um grito
que ressuscita meus mitos e acorda a madrugada.
E de repente todo mundo se esvai
e nas pálpebras o sono cai;
então me achego nessa alcova perfumada
e no incenso que acendo minha alma vai alada.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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