Nessa selva
de pedra transeuntes
apressados
não trocam olhares,
caminham
trancados em suas jaulas
pessoais,
arranha-céus observam
imóveis, cada
um em seu lugar.
Nessa selva
de pedra a poluição
mental ofusca
meus pensamentos
e o sol
brilha com diáfanas ideias,
a poesia de
concreto é concreta.
Nessa selva
de pedra homens-animais
digladiam-se
com suas rotinas,
rotas
cotidianas inalteradas,
trem, ônibus,
metrô e aviões.
Nessa selva
de pedra a morte
ronda pelas
esquinas da vida
e o verso é o
ritmo dos passos
entrelaçados
aos olhares do poeta.
Nessa selva
de pedra sons e silêncios
em
alternâncias com o coração
que
titubeante e ofegante
clama por
dias de paz.
Jonas
R. Sanches
Imagem: André Deak
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