Minha alma antiga
sublimando meteóricas confidências,
recordando proféticas ilusões,
faraós e hierofantes em silêncio.
Minha alma mística
enveredando por sendas sutis,
evocando poéticos encantamentos,
salamandras e silfos sibilam.
Minha alma iniciática
provando dos percalços inevitáveis,
invocando arcanjos para a batalha,
anjos e demônios ceiam o mesmo banquete;
banquete de ossos e ressurreições
entremeio à cálices de sangue sagrado
assistindo homens degolando homens
e o apocalipse é logo ali
entre festins celestiais e bacanais pandemoníacos
e, a carne apodrece em seus pecados
e, o cerne é proliferação das dores;
quase inocentes àqueles que inda não nasceram...
Minha alma em transcendência
ascensionando por degraus de sofrimento,
pranteando às agruras descomunais
para adormecer à noite das eternidades.
Jonas
R. Sanches
Imagem: William Blake
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