Olhando os contornos dos olhos do tempo
eu vejo a juventude esvair-se ao vento,
eu vejo os reflexos convexos da infância,
e o tempo me cega tomando-me a esperança.
Passam horas, minutos sagazes, segundos
e, eu corro a estrada d’algum tempo do mundo
que passa depressa e dispersa os momentos
desconexos; e o alento é o tempo elemento.
Passam anos, meses longínquos e os dias
e, eu me atraso algum século atrás
mas é a vida que passa depressa demais
e a morte que chega não volta para trás.
Olhando os contornos vejo os olhos vermelhos
machucados e as lágrimas são de ampulhetas
que guardavam desertos, incertos planetas
e eu sou o eterno guardado nas letras.
Passam vidas compridas e a morte é curta,
então curto o momento, meu carpe diem;
então sigo sorrindo, pois está tudo bem,
então sigo escrevendo, antevendo o que vem.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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