A poesia em letras notívagas
em sentimento negro como a noite
órfã de lua, decepada à estrelas,
como um grito de dor do açoite.
A poesia em verso merencório
em sentimento plúmbeo doentio
órfão do riso, penumbra obscura,
como o feitiço franco que eclodiu.
A poesia cantada e dita muda
em sentimento fúnebre peremptório
órfão do dia, convexo reflexo
como o espelho procrastinatório.
A poesia que grita o meu silêncio
em sentimento nulo expansivo
órfão de luzes, escuro expressivo
como o profundo da insensatez.
A poesia agora cantante e vibrante
em sentimento ébrio infinito
órfão do grito, ecoando espasmos
como a penumbra mansa do marasmo.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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