O sol desabou sobre nossas cabeças
agora navegamos em rios caudalosos
de um fogo que carrega os pensamentos
a lugares longínquos que amenizam o calor.
O sol duplicou o seu rebento
e do céu uma chuva de luz sem igual
vem fritar, torturar nossas poesias
e nosso sertão já é escasso de esperança.
No horizonte há vizires e miragens
de quenturas que causam-nos alucinações
e as flores que outrora eram viçosas
já murcharam em jardins e vulcões.
No horizonte um infante agressivo
e o hoje é reflexo do sol de amanhã
que aterroriza e não ameniza um instante,
que nos olha com olhos de infernos constantes.
O sol desabou sobre nossas cabeças
engolindo a chuva que tarda a chegar,
a umidade são mares do nosso suor
que da fronte incessante tende a desabar.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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