Tento o verso no vinho
que escorre na garganta
relembrando noites e dores
que assolam minha vida.
Tento o verso solitário
que escorre entre os dedos
e a caneta vai anotando
em um caderno de rascunho.
Tento não me apaixonar
mas isso é impossível
pois, do nada você apareceu
e fundiu meu coração ao teu.
Tento vencer essa distância
mas fico de longe a contemplar
seus passos caminhando,
trazendo-te até meu beijo.
Tento o verso no vinho
que escorre entre nossos corpos
colados nesse roçar de peles
quentes, devastando meu ser.
Tento o verso em você
e você é doce como o vinho
com um toque almiscarado,
você é como a bebida proibida.
Tento o verso de amor
e logo à mente vem sua imagem,
meu olhar sucumbe em você
pois, suas palavras são carícias.
Tento o verso à você
mas, nada te descreve;
busco em todos os dicionários
e não consigo definir tua beleza.
Tento o verso no vinho
e deleito em minha embriaguez
que me enleva aos sonhos
onde estamos nus e entrelaçados.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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