quinta-feira, 31 de julho de 2014

Transubstanciação da Inspiração

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A borboleta voa sem compromisso
e a abelha voa a polinizar,
a cigarra canta sem ter juízo
enquanto a formiga vai trabalhar.

O poeta voa em seus auspícios
e a musa chega para lhe inspirar,
o poema canta ao que é bonito
enquanto a caneta vai trabalhar.

Poesia, poeta, abelha e cigarra,
lua, sol, loucura e formiga,
musa, borboleta, caneta e alegria,
minha insanidade é alienígena.

Poeta e poema em transmutação,
borboleta monarca em transubstanciação,
sou de metamorfoses nessa iniciação
meu casulo se desenvolve no coração.

Agora calo, observo o pássaro e a luz
que é candeia e dissipa minha treva
então pelas asas a alma se eleva
e vagueia entre nuvens de um sonho comum.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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