A borboleta voa sem compromisso
e a abelha voa a polinizar,
a cigarra canta sem ter juízo
enquanto a formiga vai trabalhar.
O poeta voa em seus auspícios
e a musa chega para lhe inspirar,
o poema canta ao que é bonito
enquanto a caneta vai trabalhar.
Poesia, poeta, abelha e cigarra,
lua, sol, loucura e formiga,
musa, borboleta, caneta e alegria,
minha insanidade é alienígena.
Poeta e poema em transmutação,
borboleta monarca em transubstanciação,
sou de metamorfoses nessa iniciação
meu casulo se desenvolve no coração.
Agora calo, observo o pássaro e a luz
que é candeia e dissipa minha treva
então pelas asas a alma se eleva
e vagueia entre nuvens de um sonho comum.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário