Então o dia vai-se lindo
e o horizonte se partindo
o arrebol vai explodindo
luzes a se fragmentarem
entardecer de passarinho
quando a andorinha sai do ninho
para revoar em desafio
em nuvens vivas a bailar.
Então o dia vai-se velho
e o crepúsculo em pretérito
algoz d’algum escaravelho
que já não pode zumbizar
e lá na lâmpada a borboleta
ou será uma mariposa
nascida no pé de rosa
livre a metamorfosear.
E vai-se o dia e agora é noite
enquanto a pena beija o papel
rasgando o verbo de um açoite
a poetar em menestrel.
Jonas
R. Sanches
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