Correndo entre as brumas do espaço
um arquiteto, o esquadro e o compasso
criando em meados do desembaraço
a poesia primeva e um contrapasso
que faz renascer o perfeito do escasso
e é quando o equilíbrio causa o regaço
que foge ao longe do falso fracasso
e a supernova causa estardalhaço.
Correndo entre as brumas do verso inverso
o poema é agora um soneto reverso
que nasceu destroçado e prematuro
e foi-se na linha o fruto maduro
que na árvore da vida é suculento
desfazendo o pecado do tempo.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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