São versos radioativos,
vestígios nucleares
como fossem pandemônios
dos horrores hominais.
São versos bombásticos
explodindo em céu atômico
como fosse apocalipse
devastando as esperanças.
E há a dança da morte
em bailes e funerais
tão nefastos como a guerra
que assola sem piedade.
E há rios de fogos-fátuos
desaguando em abismos
onde não há a poesia,
onde só há a escuridão.
E há o meu coração
tão cansado de sofrer
desgastado de morrer
fatigado de ressuscitar.
E há ainda versos cálidos
a queimar todas as almas
em um inferno que acalma
quem não sabe mais rezar.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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