Às vezes minh’alma se recolhe
junto ao sol e o crepúsculo
e ficam sequelas do entardecer
com suas cores atrozes e lúcidas.
Às vezes não há o sentimento,
o que ficam são olhares e friezas
a contemplar um mundo doente
onde as feridas jazem incuráveis.
Às vezes me detenho na poesia
ríspida que desaba qual avalanche
que carrega as vidas, os sonhos;
me detenho em um cálice de vinho.
Às vezes calo-me e espero a germinação
dessas sementes que semeio ao caminho,
eu colho as flores com um toque de carinho
e ofereço-as aos percalços do infinito.
Às vezes minha alma se recolhe
em uma escuridão interminável
mas, é quando vislumbro as estrelas
que pelas noites fazem-me divagar.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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