Despertei indiferente,
sussurrei alegorias,
refleti subitamente
e a noite se desfez em dia.
Poetei concomitante,
versejei à maresia,
mas não foi o bastante;
as ondas carregaram as letras.
Pranteei continuamente,
foram lágrimas metafóricas,
foram rios que verossímeis
carregaram as agonias.
Calculei todos meus dias,
dedilhei a flor do vento
já não havia mais tempo
de reaver minha alegria.
Retomei o olor das rosas,
enfrasquei nas melodias,
eram notas desditosas
que nas rimas se partiam.
Renasci então poeta,
ressurgi como um asceta,
eu andei de bicicleta,
eu fui até o fim do dia.
Adormeci em berço esplêndido,
eu sonhei com outra vida,
vislumbrei o que é eterno
então curei minhas feridas.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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