No fogo a canção das estrelas
que do céu espiavam a noite
tão escura em meio a fogueira
e a madeira nua a crepitar.
No fogo uma dança de chamas
que encantava a pupila que olhava
e o que via era além do infinito,
eram chispas brindando em frêmito.
Na noite o poema soturno
que no fogo da estrela inspirou
algum verso no inverno noturno
que no vinho se dissipou.
Na noite a fogueira reluzia
e os devaneios eram constelações
que no breu faziam companhia
na alegria de dois corações.
Nas estrelas um fogo distante
relembrando almas de salamandras
que fulgiam na chama o instante
onde a madrugada tornara-se branda.
Jonas
R. Sanches
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