Poeticamente poético,
paulatinamente composto,
versificações exclusivas
de um sensacionalismo rebuscado;
e há o parnasiano entrelinhas,
e há o iluminismo bruxuleante,
e há o arcadismo de Pã,
e há o romantismo dos apaixonados,
e há a mão do poeta
que distribui nas estrofes as almas
que vagueiam em seus pensamentos,
em seus delírios,
em suas hipóteses,
em suas alucinações
bizarras como o sorriso da morte
que ceifa sem parcimônia a plantação
de homens e ovelhas,
de azaleias e girassóis,
de sonhos e pesadelos,
mas, ainda intacto o coração
do universo, pulsa o último verso
que exemplifica o amor derradeiro,
que metamorfoseia os espíritos,
que deixa escapar na linha a sensação.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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