E com as letras vou tecendo mundos
parnasianos, livres ou de alucinações;
eu vou tecendo como fosse aranha
na árvore nova junto ao ribeirão.
E nesses mundos eu que escolho a lua
e as estrelas faço de brilho de purpurinas,
terão cometas passando de hora em hora
para enfeitar as noites das meninas.
E nesses mundos as ruas serão jardins
e todas as flores cantarão sinfonias
entre outras cousas terá o alecrim
que com olores será o rei do dia.
Serão meus mundos, mundos de paz,
por onde a morte passará distante,
terão meus mundos abóbodas de cristais
e suas moradas serão de diamante.
E nesses mundos uma só religião,
religião esta que será a poesia;
o ato sagrado será a pena nas mãos
e as orações serão em tons de melodias.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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