Caminho a sós com a noite,
caminho sem pressa, soturnamente;
meus passos fazem canções lunares
e escuto as harpas soarem nos pensamentos.
Caminho com minha solidão noturna,
ao longe o uivo sombrio de um lobisomem
e as colinas estremecem em silêncio;
eu escuto violinos estratificando a inspiração.
Caminho na escuridão com olhar diuturno,
minha respiração ofegante balbucia a poesia
que faz reverências as estrelas no céu
que em um movimento imóvel sorriem.
Caminho a sós com a noite,
caminho por uma estrada infinita
por onde vou vislumbrando vidas que vem e vão;
mas, as impressões deixadas no éter são eternas.
Solitária e nostalgicamente à noite
adentra meus poros e minhas aspirações
deixando um vestígio vívido de um poema
que escorrerá dos dedos pela folha do caderno.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário