Singelas sombras se esgueiravam dos olhares
entre as folhagens dos jardins auspiciosos
então o medo foi tornando-se coragem
e libertou a mente dos grilhões perniciosos.
Então o tempo se dobrou a refletir
algumas luzes e imagens passageiras
de um futuro que já passado não desistiu
das horas válidas na vivência verdadeira.
Singelas sobras que alimentaram os meus lobos
que dentro ao peito se dilaceravam ao vencedor
que foi aquele que se livrou dessa penumbra
para trilhar a senda de um incondicional amor.
Então o tempo passou levando outras sequelas,
karmas das guerras que em outras vidas batalhei
ceifando vidas por ideais nulos desconhecidos
que me trouxeram ao purgatório onde chorei.
Singelas obras espatifadas pelas lacunas
por entre as brumas dessas vielas desconhecidas
que nas paredes guardam histórias já moribundas
de algozes vozes que sussurravam das catacumbas.
Então o tempo foi de um tempo já libertado
e nas memórias com pouca glória foi usurpado
então a alma livre do tempo à eternidade
deixou seguir-se por suas trilhas sem ter idade.
Jonas
Rogerio Sanches
Fotografia: Noel S. Oszvald
Captação Atemporal: Karine Santiago
Captação Atemporal: Karine Santiago
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