São tantas flores esquecidas nesse jardim
por onde a vida insistiu em germinar;
brotar insólitas sementes para crescer
nos sentimentos resolutos de um amar.
São mais estrelas nesses jardins tão siderais;
semeaduras de potestades e algo mais
que vai além do que convém ao entendimento
do sacramento levado ao vento e a luz da paz.
Acometido e quase aturdido nos devaneios
que leva adiante até o mais distante dos anseio
d’onde surgem tão miseráveis inspirações
que tocam fundo o submundo dos corações.
São versos ternos paridos livres e entardecidos
de uma mente inconsequente fantasiosa
d’onde deságuam sonhos e às vezes alguns rugidos;
que desferem seus golpes contra os espinhos daquela rosa
tão solitária na alcova altiva e imaginária
por onde elevam-se todas fumaças dos incensários
levando aos céus as preces de um olhar refratário
que reflete em suas cores extintas o ás do existir.
E a alma liberta canta alguns versos à lua clara
para conter as lágrimas que escorrem pálidas de um jasmim
entristecido nos firmamentos azuis dos querubins;
esperando um beijo de misericórdia de uma borboleta rara.
Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google
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