É a batalha dos tempos que vou lutar
cavalgando em cavalos estrelados
empunhando a espada da iniciação
e o sangue lavará e purificará a terra;
e serão todas as hordas no embate
e morrerei entre todas as tumbas
para renascer de estandarte imortal
e um galardão de luz dentro do alforje.
É a batalha dos tempos que vou lutar
e nas entranhas o punhal revelará
todo mal que há de sucumbir aos gritos
e tocarão trombetas ao meu exército.
Pelos campos o aço brandirá feroz
e dez mil me acompanharão famintos
prontos a romper as barreiras e pudores
e cessarão os mil anos de escuridão.
É a batalha dos tempos que vou lutar
e libertarei os grilhões dos meus dragões
e meus cães roerão os ossos dos inimigos
enquanto trovadores fúnebres cantarão promessas.
Então o céu se rasgará em raios
e das nuvens enxofre avassalador;
então, nossas flâmulas colorirão as planícies
e assim a paz será restituída.
E já não haverá deuses cruéis,
e já não haverá pranto e lamento,
somente os olores da nova primavera
e as flores da morte espalhadas ao vento.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: A Batalha de Anghiari - Leonardo da Vinci
Querido Jonas
ResponderExcluirMagnífica imagem para um belíssimo poema,cheio de metáforas, para nos conduzir à Paz. Quero fazer parte desse exército, para poder satisfazer o desejo de«quase» todos os habitantes do Planeta. Só os vendedores de armamento nos enfrentarão.
Muitas felicitações pela sua ideia.Se todos dessem as mãos e tentassem fazer algo,o mundo seria diferente.Com o seu poema conseguiu chamar a atenção de muitas pessoas para um grande mal que grassa por muitas partes do mundo.
Continuação de uma semana com muita Paz.
Um abraço da
Beatriz