quarta-feira, 5 de junho de 2013

Do Entardecer ao Despontar das Cores Amanhecidas

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Entardece e a penumbra se adentra
pela janela do quarto e da alma
junto ao vento gelado que tortura as flores
que despertam uma a uma em olências noturnas.

Entardece e o arrebol carrega a mente as lonjuras
de uma recordação quem sabe de outra vida
e agora a meia luz o poeta se arrisca as linhas
observando alguma estrela solitária a crepitar.

No horizonte agora alguns planetas despontam
parecem grãos de areia em meio a imensidão
e já é a noite parindo vultos sombrios enigmáticos
que assustam os desavisados que vagam sem notar.

É agora a pura noite entardecida e já quase amanhecida
que convida uma vermelhidão que vem do leste
iluminando as cores que nas sombras eram ocultas
refazendo a sina de uma vida sem nenhuma culpa.

Amanhece e junto ao sol que já desponta
lá no terreiro o galo encanta e também canta
no céu agora há as nuances despertadas
que escorreram firmamentos vazando da madrugada.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Miguel Costa

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