Das dores corrosivas
sequelas dos anestésicos
em momentos insípidos
onde engulo as aflições.
Das dores tão pungentes
gritos nulos craseados
em meio a frases não ditas
bebendo a droga maldita
que dopa o algoz dos sentidos
insaciável como os desgostos
e no espelho já não há um rosto
só a sombra do meu eu vampiro.
Das dores cores mortíferas
e uma penumbra nos pensamentos
que viravolteiam ao vento
de um turbilhão de memórias.
Das dores flores e remédios
de efeitos quase destrutivos
ao corpo já destituído
da compaixão pelas vozes
que gritam no subconsciente
em tons agudos estridentes
palavras em versos de socorro;
então eu calo, então eu morro.
E na bula estava escrito
todas as contra indicações
como se fossem sanções
dessa guerra travada no introspecto.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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