No inverno do coração acenderei a chama
que inflama à quem ama a poesia
e mesmo que minha luz seja tão fria
deixarei aceso um candelabro na esquina
de tempo, e quando passarem as horas
ficará um brilho dentro de cada minuto
onde reconhecerá o olhar do absoluto
que é o que move as ondas desse mar.
No inverno do coração acenderei uma paixão
que é pelas letras conduzidas à menina
que me fortalece com seu límpido carinho
e, mesmo que eu continue sozinho contemplarei
os seus gestos que afeiçoam os meus versos
quando da pena escapam as inspirações,
mas cá comigo, não perdurarei em aflições
quando faltar no amanhecer um beijo seu.
No inverno eterno dessa prosa universal
escancararei toda aversão que tenho ao mal
e ao bem que existe aos amigos que resistem
farei marchinhas natas sobre o vendaval
que é sempre a festa conduzida pela pureza,
que é quando a paz liberta a alma e a natureza
que inda existe e insiste em embelezar
todas as obras de um artista a divagar.
E quando chegar a noite cintilando de estrelas
olhe o infinito e reconheça minhas serestas
e, olvide os sons que harpejei a minha amada
que reverberaram pelos confins da madrugada.
No inverno que chega, eu te peço por favor,
que venha se aquecer nos meus braços
e venha sentir como um poema o meu abraço
e se aninhar junto de mim à eternidade.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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