Sandices inóspitas inadequadas
de uma estrela tola vagante
que cansada orbita sem parada
espalhando poeira de gente errante.
Velhos cacos cósmicos desvirginados
pelas carícias meteóricas pragmáticas
que geram filhas e filhos alados
que parem anjos caídos inanimados.
E da poesia-ácida-explosiva
átomos desintegrados de uma cerveja
noturna em uma roda de alegações conclusivas
sobre o penúltimo bocejar do último sol.
E lá vai... E lá vem... O crepúsculo da aurora
que sem demora desorvalha minhas pétalas caídas
e de sobreaviso desnuda os caules da vida
calando num espaço vazio as vozes do amanhecer.
Já não quero algures novamente renascer
só quero passear por essas vias siderais
e espalhar com alguns versos as chaves do nunca mais
ou quem sabe implodir minhas partículas numa velha
supernova.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Supernova Remnant - NASA/ESA
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