Um amanhecer cujas dores
proeminentes de um coração
tão lisérgico como as cores
misturadas em aberrações
alucinam entremeio as flores
desfolhadas de uma paixão
tão vivaz que desperta o sol
em aurora nua do arrebol
que inverso quase desconexo
em pensamento-fragmentos
de mil sonhos que eu alimento
e afagam o rosto como o vento
minuano que resseca a pele
e minhas pálpebras como faca fere
a ferro e fogo todos sentimentos
que renascem quando eu te miro
entrelinhas antes do suspiro
derradeiro de uma vida breve
que no gelo do amor arrefece
sem saber o gosto do seu beijo.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Hyuro
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