Onde foi parar o tempo?
Foi espalhado à luz de velas
e na penumbra o esquecimento
de um paradoxo incontornável.
Se foi deixando em um minuto
o vazio escasso de uma eternidade
e o que o desejo já não quis muito
estagnou-se em inúteis paragens.
Onde foi parar o tempo?
Não foi parar, nem foi ainda,
e na contínua voz que desalinha
os meus segundos que beijam horas.
Se foi; e não se demora o infinito
e é tão complexo, nulo e esquisito;
quase nada em um abraço de uma vida
que escalou montanhas na fração de um lindo dia.
Onde foi parar o tempo?
Não foi e não sei, nem mesmo senti;
morri, nasci e ao mesmo tempo
te esperei observando as vagas do relógio.
E no inconsciente os medos pararam de chorar...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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