Calado o coração contorce-se
e vislumbra seu olhar distante
que apaixonado quase alquebrado
deixa entreaberta as pupilas sonhadoras.
Calado o coração agora arrebatado
pelo olhar vidrado todo azul celeste
e o meu sertão agora é agreste
onde os rios da vida foram renascer.
Calado o coração palpita sorrateiro
mirando o seu olhar em fresta de soslaio
olhando a cor do mar de um quase mês de maio
das suas cataratas lacrimosas, pupilas tão chorosas.
E o meu coração agora cantante vibra
por morar junto do seu nas trilhas dessa vida
que passa desapercebida durante o abraço
que é fogo dilacerante que envolve-me nos seus braços.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Guiherme de Faria - O Abraço
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