Venha comigo
mergulhar nos reflexos
desvendar dialetos
das paredes do templo,
venha comigo
cavalgar pelos ventos
espalhando poesia
pela noite dos dias,
venha comigo
caminhar lado a lado
e no amor soterrado
desvencilhar corações,
venha comigo
pelas vias ocultas
desfazer-se da culpa
do pecado da carne,
venha comigo
por esse labirinto
pra colher absinto
e no olor embriagar;
venha amigo comigo
nessa lida sem fim
de estrelas cadentes
que geram luz e ventres.
Venha meu caro irmão
cantar junto ao trovão
esses meus versos infinitos
ou então só assista o meu último rito.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Nalu Ferreira
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