No revoar d’um vendaval
capturar palavras novas
e o desfolhar d’um arrebol
que doira o olhar em nuas rosas.
É flor distante atemporal
que escorre em tempo fortuito
na espuma livre de um farol
que guia os rastros nus marítimos.
No revoar d’um temporal
relampejar palavras novas
e no trovão rugido em voz
que anoitece jardins de prosas.
É verso aberto de um infinito
que escapa olhares entardecidos
que escreve estrelas mistificadas
cantando em céus as madrugadas.
No revoar d’um devaneio
destituir da mente insanidade
de um sem começo ou entremeio
que invade o amor de eternidade.
É vasto o campo que ceifa o trigo
que pelas auroras pediu abrigo
aos terremotos bucólicos de uma paixão
que fez descrer sem ter um coração.
No revoar introspecto entardecido
um leve abraço e um ombro amigo
que pranteou cores no horizonte
e irradiou nuances inesquecíveis.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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