Turbilhões espasmagóricos
e fantasmagóricos de ideias
e uma assembleia de fatos
crassos de uma vida passageira;
e derradeira como a falta
do beijo e do abraço e do afago
no frio d’alma gelada e sensata
que move os sonhos e os quereres.
Turbilhões de emoções e aflições
das ações destemidas vividas
no limiar de um presente constante
sem depois e nem antes, apenas durante;
as tempestades de saudades
que ferem no peito e no leito
vazio e tão frio sem a sua presença
que compensa toda essa lida interminável.
Turbilhões de meus versos transversos
e reversos aos gritos bonitos não ditos
nas missas e nas festas antigas sertanejas
cheias de proezas e de amores nascentes;
e eu lembro da gente sorrindo e voando
entrelaçados e se amando sem pressa
e sem distancias que torturam as lembranças
quando acordo e não te encontro ao meu lado.
Turbilhões que redemoinham as poesias
das noites e dos dias e das fantasias
que enchem minha mente de letras
e de borboletas insurgentes das estrelas;
e dos planetas e cometas de rastros e luzes
e das matizes de mil nuances dançantes
e do final da sinfonia que eu escrevia
com toda calma de minh’alma para vocês.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Turbilhão por Lars Bo
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