Olhe os meus olhos Sr. Deus
e veja essa chuva de pranto
são águas que o amor me deu
que banham de sal o encanto.
Olhe pra esse seu filho Sr. Deus
e veja essa carcaça tão magra
são ossos que a fome me deu
que se arrastam pelas madrugadas.
Olhe essas dores Sr. Deus
e veja minha cara amarrada
ela é a professora que a vida me deu
pra torturar minha alma cansada.
Olhe essa miséria Sr. Deus
e veja essa desigualdade
que é fruto de tanta ganância
que é feita de atrocidades.
Olha essa poesia Sr. Deus
e veja toda essa verdade
que eu grito e espalho aos céus
que eu falo nas ruas da cidade.
Olhe os meus olhos Sr. Deus
e veja como estão marejados
são os filhos do mar que Tu fez
são as portas da minha eternidade.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: dreamstime.com
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