Eu sofro por calar
e sofro por amar
mas sorrio por viver
e sorrio por morrer
todas as horas
todas as noites
todos os dias.
E quem sabe o amanhã seja ameno
ou seja um beijo com desejo
limpando da alma essa melancolia
que se arrasta e me arrasta à agonia.
Eu voo pelas nuvens
buscando a alegria
não pouso ao seu lado
não conto meus pecados
de todas as horas
de todas as noites
de todos os dias.
E quem sabe amanhã eu desperte
ou eu padeça junto do sol
me desfazendo com o arrebol
e adentre pela luz das estrelas.
Eu desgasto o lápis
e me gasto em poesia
de amor e de dor
de flores e euforia
e escrevo todas as horas
e escrevo todas as noites
e escrevo todos os dias.
E quem sabe amanhã eu recorde
ou esqueça essa anestesia
que invade a mente e me isola
nessa alcova junto a essa eufemia.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem - Paul-Klee.-Ad-marginem.-1930
Nenhum comentário:
Postar um comentário