Sou um silêncio incontido
que cala alguns sonhos
e que grita sem ecos
todas as dores do amanhã.
Sou um grito contido
que retumba incessante
entre as frestas do tempo
e escorre pelo meu passado.
Sou as cores sem mais pigmentos
e os espinhos encravados no peito
que resguarda meus ventrículos
enquanto o meu coração para de bater.
Sou um desejo convalescente
e pertinente como uma chuva de estrelas
e de amores impávidos e reais
entre todos os seres que tem sentimentos.
Sou uma vontade que derrama insanidades
por sobre as paixões sem reciprocidade
e tão platônicas como nuvens de beijos
eu corro pelas vias de uma eternidade.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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