Atravesso as guerras interiores
Atravesso os rios da minha existência
Carregando sequelas e galardões
Aprendendo com risos e lágrimas
Atravesso os recônditos do nada
Mergulhando nas profundezas do Todo
Afogo-me nesse oceano de sensações
E ressuscito em brasas ardentes e cósmicas
Atravesso e desvelo esse incessante poço de vida
Que deságua do meu ser em afluentes e remansos
Sou esse próprio temporal medonho e aterrador
D’onde minha voz cala todos os trovões em suavidade
Atravesso a rua, o mundo e os limites estabelecidos
Para provar o mel e o fel desse desejo incontido
E poder contar os dias sem sabor onde repouso os punhos
Saciando minha desgastante vida, pobre rica vida minha...
E todos os sóis estão queimando as vontades universais
Derretendo as almas congeladas que descansam o meu olhar
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário