Serpenteantes os devaneios matinais
umedecidos nesse orvalho santificado
que lava as folhas dos meus roseirais
que eu recolho em lençóis para meu processo;
é já não existe em mim o regresso
pois, eu sou somente um pleno caminhar
que em passos libertos de ufanias
busca o reencontro com o sublime.
Serpenteantes as ficções devaneias
agora desorvalhadas em momento periélio
que seca as folhas e as carapaças pungentes
tão antigas e cáusticas que fossilizaram-se.
E eu continuo nessas observâncias aguçadas
procurando nos recônditos das psicodelias
uma cor ainda desconhecida que pinte
e refresque os tumores benignos dessa escrita;
tão bendita, tão desdita, tão maldita
e, antes que nela você reflita os dissabores
tente achar em si o primórdio dos amores
que é a chave-mestra de todas as convicções.
Jonas
Rogerio Sanches
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