Sonhos famigerados e sombrios
que entorpecem ao olhar o céu
tão infindo e imenso e inexplicável
engolindo os olhos do observador.
Tento conter-me nessas ilusões
mas a ânsia é mais e é além do querer
nessa roda cósmica sem explicação
onde não há final, só há imensidão.
E as estrelas são os reflexos dessa lida
que o poeta imerge com toda sua alma
tentando encontrar os porquês da vida
tentando compreender a senda percorrida.
E os pensamentos perdem-se e escoam
toda essa beleza apolínea nos vórtices do amanhã
e seus inexatos devaneios entre gritos ecoam
essa suprema vontade de se dissolver;
e se desintegrar entre átomos e fótons
que dançam essa contínua dança celestial
e vomitam supernovas e nebulosas intermináveis
repletas de cores singulares e mundos sem igual.
E é somente nas semelhanças
do macro e do micro (cosmo)
que estão ocultas todas as fórmulas
que desvelam todos os significados.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Hubble - Radiação no interior da Constelação de Carina
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