É a fênix que vem das cinzas
da minha solidão e queima
todo esse combustível nato
em um rol de estrelas e sóis.
É a solidão da fênix e do poeta
e as margaridas estão murchas
e o girassol é como o fogo
crepitando e ressurgindo na alma.
É o poeta bebendo sangue e chamas
nessa pitoresca festa na floresta
de sonhos e mortes e feitiços antigos
e, no ressurgir da aurora é a vida novamente;
e é mais um dia e os fogareiros se apagam
mas as danças frenéticas sibilam entre vultos
e as pitonisas rodopiam por sobre o camafeu
cinzento como aquele último firmamento.
É um frenesi entre elementais fulgurantes
que compartilham fogo e terra e água
e do ar dos pulmões meu sopro fortalece
e revive todos os silfos que haviam partido;
mas, eu tenho o caduceu e as palavras,
então foram dançarinas de chispas e éter
e, eu renasci do coração do pássaro renascido
e, aguardei o mar beber os últimos raios do sol.
E o lume noturno veio dos madrigais doirados
e eu sequestrei a fênix e voei pelas frestas do tempo
e iluminei os recônditos da noite gelada e eterna
para olvidar os cânticos e seguir o rastro do amanhã.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: phoenix tattoo commission by yuumei
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