O dia passa levando os alvoroços
e a vida que continua solitária
refletida nesse crepúsculo vascular
e, é tão vazio o sentir; que faleço.
E minha morte é junto ao sol
que se vai e eu também vou
e, minha casa é de estrelas
e, minha noite é o vestígio sideral.
O dia já se foi e fiquei em transição
entre o umbral e a penumbra
e somente reviverei nos germens das auroras
que cerziram as novas vestes solares.
O dia passa levando o próprio dia
e a vida é o sol que se vai
e a morte é a noite que vem
e o amanhã é um talvez será.
Enquanto no berço espacial
Deus risca o breu com suas lágrimas
cadentes e reluzentes e etéreas e telúricas
e eu observo tudo no prisma do meu olhar.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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