Pantáculos riscados em sangue
devorando todas as tempestades
infringindo a vontade superior
em todas as coisas inferiores.
Pantáculos em discos prateados
devorando os pergaminhos antigos
reerguendo os pilares alexandrinos
bebendo das Clavículas de Salomão.
E eram símbolos em peles de leões
e em peles de cordeiros de sacrifícios
e na Caldéia a sabedoria estremecia;
ainda era um pensamento riscado pelo compasso.
Mas, todos os sortilégios foram execrados
e os Templários foram destituídos
caçados, julgados e banidos... Covardemente
e, nas igrejas escocesas refugiaram seus símbolos.
E eram pantáculos de ouro e pedras
e prevaleceu o mistério incompreendido
e a voz que ecoou era de todos os Arcanos
e a compreensão fez alguns eleitos.
Eu guardei toda a simbologia nas poesias
e escrevi versos para os Iniciados
e escrevi em tinta-sangue da terra antiga
e utilizei dos vocábulos das estrelas.
Agora meus livros estão envelhecidos
e, se perderão nas bases de um tempo novo
tempo de inglórias e de barbáries
que me levaram ao refúgio interior.
Então me deitarei no rastro dos astros
e todo verbo adormecerá pelos dias
e minha alma será o vestígio imperceptível e são
e minha senda se completará na última aurora.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: A Chave de Salomão
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