Um almoço frio e cru
entre Rimbaud e Baudelaire
e vasos velhos de papoulas
regurgitando ópios a Dante
em rio de lava sideral
onde nascem peixes-pedra
e as sereias derretem
nas cachoeiras solares
que clareiam os pensamentos de Circe
dormindo em uma favela
e passeando nos trens de fogo;
é agora a sobremesa recusada
e Rimbaud faz versos ao garçom
e os vermes rutilam aos olhares
pálidos e petrificados de Baudelaire
enquanto Dante toma café com gelatina.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: arte de Felipe Marques
Nenhuma "Flor do Mal" nem "Comédia Divina" poderia impedir que a o "Homem justo" se junte aos outros neste almoço de versos!
ResponderExcluirMuito obrigado pelo seu apreço Dulce!
ExcluirÓtimo domingo para você!