Empunhei o caduceu
e não era meu
e não era seu
era de Hermes
e sua estrela era de esmeralda.
Empunhei a espada
e não foi para a batalha
era principado
era o início
e sua empunhadura era magia.
Empunhei as estrelas
e eram imensas
e eram cometas
imensidões e prodígios
e sua luz era o puro éter e o grande arcano.
Empunhei a matriz da minha alma
e era diáfana
e se tornou translúcida
e foi feita uma transmutação
e sua essência era poeira de galáxias.
Empunhei átomos e elétrons
e eram fundamentais
e era uma eterna metamorfose
e foram se colidindo
e sua energia era o gérmen da vida.
Empunhei aquele ramalhete
e era de rosas
e era de margaridas
eram raízes de mandrágoras
e sua essência era de todos os encantamentos.
Empunhei a vida pela estrada interminável
e era feita de ladrilhos e mosaicos
era um quebra-cabeça de sete mil peças
era uma roda gigante flutuante e insana
e sua essência era todos os meus sonhos.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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