Procuro uma cura eficaz a essa tristeza
que carrega o pranto feito correnteza
e nas palavras encontro meios de gentileza
que atraem um sorriso sincero e real.
Procuro um antídoto contra todo veneno
que embriaga a alma que vai se desfazendo
de todos os princípios que são ditos terrenos
e se renova pela luz da transmutação.
Procuro aquele olhar que a tempos esqueci
que faz-me recordar de quando amanheci
entro os sóis dos seus abraços d’onde me perdi
e reencontrei-me só no dito nunca mais.
Procuro aquela força que move a vontade
de viver a poesia em grão mestria e intensidade
mas vejo no reflexo dos versos amarguras
e vejo nos recônditos do espírito a desventura.
Procuro pela vida entre mortes e renascimentos
encontro a sua voz em meio ao conhecimento
mas sutil ela passa como uma brisa de vento
e deixa-me inerte diante de toda imensidão.
Legados já perdidos entre buscas e procuras
deixados entrelinhas nas quadras que perduram
por tempos incontáveis além da eternidade
por gestos que procuram pela augusta verdade.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Micro Cosmo in Achamoth
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