Olhos druidas na floresta negra
que cuidam liquens e agáricos
enfeitiçando lagartos cansados
bebendo elixires nos festins.
Olhos druidas entre as folhagens
e nas paragens os símbolos azuis
de um tempo deteriorado
onde a penumbra fazia-se luz.
Olhos famintos de estrelas
cegos tateando céus
mergulhando em cálices siderais
e aprisionando o próximo amanhecer.
Meus olhos castanhos e febris
dilatados por essa seiva
que embriaga e alucina
que sorve meus instintos.
E a esmo sou o agora tardio
que já não foi, apenas sorriu
por entre cores coladas na retina
por entre os cedros espalhados na colina.
Olhos druidas cansados e esbaforidos
sedentos de alvoradas luzentes,
ansiosos de observações astrológicas
sonolentos nesse inverno galáctico.
E agora os olhares se disfarçam
e a melodia dos arvoredos é cantada pelos ventos...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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