O coração buscando a paz
entrecortando os dias vazios
mergulhado em melancolias
e os arrebóis cantam com os ventos.
O coração forte, mas dilacerado
se remoendo pelas noites sem estrelas
buscando abrigo no abismo do universo
tremulo e em penumbras imerso.
E a mente vaga solitária e sem descanso
a procura de um afago, de uma lembrança
restituindo os passos de incontáveis vidas
sentindo a flor da pele a dor da ferida.
Quem sabe as flores não embalem meu sono
com cantigas de lírios, rosas e margaridas
ou quem sabe a morte que espreita calada
venha e arrebate todas as almas nuas.
Repousarei minhas sandálias no pó da terra
e deixarei os pássaros carregarem os anos,
insanos os devoradores de ossos e de florestas
que se alimentam de cometas e balbúrdias.
Seria minha insensatez somente uma ilusão?
Queria dormir por todas as eras restantes
e despertar no dia eterno além da existência
para assistir o último caos e o renascimento...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Adorei o poema e a imagem!!
ResponderExcluirBeijinhos!!♥
Muito obrigado pelo seu apreço Mari!
ExcluirÓtimo dia para você!!