Nuvens de fogo crepitando
queimando todos os céus
e os sonhos fumegantes
por sobre aquele monte.
Nuvens incendiárias e exuberantes
daquele futuro lembrado antes
de todos os anoiteceres de chamas
que dilaceram os fogos-fátuos das estrelas.
É a baforada angustiada do dragão
que pinta o céu com nuances quentes
e os sons são de infernos suspensos
e atemorizantes aos olhos do cego seguidor.
Mas aos olhos incandescentes do poeta
é só mais uma labareda de inspirações
porções de versos jogados nos incensários
d’onde a fumaça sagrada renova os tons laranja.
É a erupção crepuscular de uma fornalha
refletida nos olhos daquela criança esquecida
que corre os campos e, incansável decola livre
para voar nas planícies férteis das nuvens de fogo.
E o espetáculo terminará com o beijo mortífero do luar...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Centro de Ufologia Brasileiro
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