Degustando a madrugada crua
entre as teclas e as estrelas
e surge a poesia raiz do verso
onde a flor noturna é o inverso.
Degustando sons silenciosos
de um vento repleto de penumbra
e mistérios escondidos e medonhos
que o poeta caça em seu âmago.
Irreal é a noite eterna
e meus suspiros são cansaço
minutos de inexistências
onde a morte é um sorriso.
E o paladar é sensível
separa cada gosto essencial
ao método correto do ritual
e as pálpebras são pergaminhos.
Se o sol retornar eu não morri
mas definharei de saudade dos astros
e a tinta da história é puro sangue
refazendo todas as noites um novo final.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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