Lá fora a leve brisa e aqui dentro
a mente vaga sem nenhum destino
os olhos passeiam flores e desatinos
e as formas estão ficando angulares.
É brisa sã de primavera renascida
é semear a todo instante a vida
é sentir vivos os céus e terra em harmonia
é olvidar o sussurro mudo dos dias.
Brisa e serestas lindas das madrugadas
onde cada letra é uma nova forma alada
que sobrevoa os cimos da lua prateada
se dividindo em notas doces numa viola.
Dias de outrora sem demora vou recordando
e a cada imagem pra outras eras me transportando
sem mais limites deixando voar os pensamentos
deixando a brisa levar embora qualquer lamento.
E o que restar ficará disposto em poesias
que sai do âmago do amor sem heresias
que é o mais puro do poeta arrebatado
que é sua alma se despindo dos pecados.
E nos fins dos dias a brisa cessará e será uma nova
aurora...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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