A poesia das cores
e de todas as primaveras
dos pássaros e feras
nas florestas dos feitiços
e os mitos já mortos
queimaram fogueiras
com suas histórias.
A poesia das flores
e de todas as estações
das guerras e das nações
nas montanhas de gelo
onde os leões alados
ainda rugem sua mágica
e calam os tempos.
A poesia do poeta morto
e dos vivos ainda em versos
semeadores de luz
e nas cantigas antigas
soberanas dos festins
e nas donzelas encantadas
que adormeceram por eras.
Somente a minha poesia
sussurrante e macia
que adentra a noite e o dia
e os ouvidos das estrelas
por séculos e galáxias
levando o meu grito
numa voz quase muda.
A poesia desnuda
que em alma amena
o coração serena
e apazigua
toda força ambígua
e perfuma os sons
com letras e tons.
Somente poesia
regente do eu
e do caminho
que percorro
acompanhado
ou sozinho,
eterna senda de vida...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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