domingo, 2 de setembro de 2012

Mistérios e Devaneios de um Bardo Solitário

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Um frio percorre a espinha
na floresta onde moram silfos
e são liturgias de encantamentos
por entre sonhos e superstições.

Um assovio é o grito noturno
de um pássaro flamejante
viajor das eras e guardião
dos olhares mágicos de Poimandres.

Os sussurros lunares prateiam
cabelos longos de deidades
esquecidas e adormecidas
por entre os pilares da criação.

E a canção é a voz rara das estrelas
que embalam as penumbras com luzes
e enfeitiçam as ninfas do lago cristalino
que morrem e renascem todas as manhãs.

Um frio percorre as falésias do meu ser
é o sopro soturno e mortífero de Éolo
esquecido em sua fortaleza flutuante
e isolado pelas grandes muralhas de bronze.

Madrugadas de planetas solitários
onde eu deixo a poética dizer
meus lugares inóspitos e secretos
me embriagando dessas velhas cantigas.

Risco o firmamento de cometas e sonhos
e o amanhã sempre será um novo verso cósmico...


Jonas Rogerio Sanches

Um comentário:

  1. Hermes traz todos os versos, Jonas, e você os recolhe muito bem. Parabéns.
    Abraço.
    Gilson.

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