Um frio percorre a espinha
na floresta onde moram silfos
e são liturgias de encantamentos
por entre sonhos e superstições.
Um assovio é o grito noturno
de um pássaro flamejante
viajor das eras e guardião
dos olhares mágicos de Poimandres.
Os sussurros lunares prateiam
cabelos longos de deidades
esquecidas e adormecidas
por entre os pilares da criação.
E a canção é a voz rara das estrelas
que embalam as penumbras com luzes
e enfeitiçam as ninfas do lago cristalino
que morrem e renascem todas as manhãs.
Um frio percorre as falésias do meu ser
é o sopro soturno e mortífero de Éolo
esquecido em sua fortaleza flutuante
e isolado pelas grandes muralhas de bronze.
Madrugadas de planetas solitários
onde eu deixo a poética dizer
meus lugares inóspitos e secretos
me embriagando dessas velhas cantigas.
Risco o firmamento de cometas e sonhos
e o amanhã sempre será um novo verso cósmico...
Jonas
Rogerio Sanches
Hermes traz todos os versos, Jonas, e você os recolhe muito bem. Parabéns.
ResponderExcluirAbraço.
Gilson.