Hoje farei a seresta da minha solidão
Seresta que festeja as minhas dores
A minha vida em branco e preto
Hoje cantarei ao som de uivos minha seresta
Gritarei essa tristeza que corrói minha vida
Seresteiro morto-vivo entre espinhos
E deixarei os acordes dos tempos ditarem o ritmo
A percussão serão as lágrimas que guardo no peito
Então farei um choro de serestas, o canto da minha tristeza
Farei a seresta de mim, e adormecerei com a face pesada
Entrecortada por vontades que deixei para trás
Somente um tilintar de um sino dos ventos é meu companheiro
Envolto em vultos que me acompanham farei a companhia
E em coros fúnebres entoarão junto a mim essa dor
Triste seresta de um trovador-poeta, solitário no universo
Amanhecerei a aurora dos infinitos e me aninharei
Agora as serestas serão ouvidas somente pelo coração
Que no frio da alma busca vencer os desafios
E nas cinzas dos meus ossos o vento cantará nas montanhas as
serestas de mim...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Muito boa a tua escrita! Gostei.
ResponderExcluirAbraços,
V.
Muito obrigado pela visita e pelo apreço Valéria...
ExcluirGrande abraço e um lindo dia para você!!